Bolsa brasileira tem novo recorde; dólar recua a R$ 4,86
Principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, o Ibovespa fechou a sessão dessa terça-feira (19) em alta de 0,59%, alcançando 131.851 pontos, novo recorde histórico pelo segundo dia consecutivo. Já o dólar teve desvalorização de 0,81%, cotado a R$ 4,86 – um dia após sofrer baixa de 0,65%, a R$ 4,90.
O principal item de influência no desempenho da Bolsa foi a publicação de ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. No documento, a instituição reafirma a intenção e ritmo dos cortes de juros, além de fazer nova menção à importância da preservação da meta de déficit zero nas contas públicas.
“Com relação ao cenário fiscal, tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas”, avaliou o BC.
A lógica é que, sem o atingimento da meta fiscal, o governo contribui para elevar o montante de recursos disponíveis na economia – e, consequentemente, há mais dificuldade em atingir as metas de inflação fixadas para 2024 e para 2025.
A instituição reiterou a visão de que um eventual “esmorecimento” no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, assim como o aumento do crédito direcionado (BNDES, rural e habitacional, com juros menores) e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia (que controla a inflação e permite crescimento do PIB).
O texto cita ainda, como consequência desse cenário, possíveis “impactos deletérios sobre a potência da política monetária [de definição da taxa de juros] e, consequentemente, sobre o custo de desinflação em termos de atividade”.
FONTE: O SUL.