Chocolate em barra e bombom estão mais caros na Páscoa, mostra estudo
Consumidores de chocolates em barra e bombom devem gastar até 3,63% mais na Páscoa deste ano. É o que revela um estudo feito pela plataforma XP, sendo um aumento proporcionalmente menor do que o visto entre 2023 e 2022 – de 10,7%. Conforme a estimativa da FCDL-RS, a Páscoa 2024 deve trazer crescimento de 6,5% nas vendas na comparação com o mesmo período de 2023, o equivalente a injeção de R$ 213 milhões no comércio estadual.
O levantamento foi feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que não inclui o item específico ovo de Páscoa na cesta de produtos analisados. Além do aumento da demanda, que pressiona os preços na data comemorativa, outros fatores, como o preço do cacau, influenciam no preço final do produto, explica Alexandre Maluf, economista da XP.
“O aumento de preços em produtos como achocolatados, barras de chocolates e bombons é fortemente influenciado pelo aumento do valor do cacau no mercado internacional, impulsionado pela quebra de safra nos países produtores, principalmente na África. Nos últimos dois anos, no entanto, a alta de preços do chocolate foi ainda maior por conta de um dos ingredientes: o açúcar, que foi impactado pela quebra da safra nos Estados Unidos com reflexos globais na cadeia de produção”, explica Maluf.
ALMOÇO DE PÁSCOA
Além do chocolate, outros itens típicos do almoço de Páscoa também tiveram variação de preços relevantes nos últimos 12 meses. O azeite, por exemplo, está 40,7% mais caro no período devido a uma combinação de fatores, com destaque para o fenômeno climático El Niño na Europa. O consumidor também irá pagar mais caro em 2024 por produtos como açúcar refinado (13,92%), açúcar cristal (7,51%), sorvete (10,43%) e bebidas alcóolicas, exceto cerveja e vinho (11,27%).
Já o bacalhau, um dos itens tradicionais do almoço pascal, manteve o preço praticamente estável (0,46%) em relação ao ano passado, enquanto os pescados de maneira geral subiram 2,68%. E, na contramão dos itens em alta, o estudo aponta quedas de preço relevantes em produtos como óleo de soja (-22,73%), carnes (-7,95%) e margarina (-8,43%).
FONTE: O SUL.