Percentual de famílias endividadas cresce em junho

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O percentual de famílias endividadas chegou a 89,2% em junho de 2024, comparado com 88,8% do mês anterior e 93,9% de igual mês do ano passado. O resultado foi puxado pelas famílias de renda mais baixa. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (PEIC-RS) divulgada nesta sexta-feira, 19, pela Fecomercio-RS.

Na comparação mensal, enquanto as famílias com renda até 10 salários minutos registraram percentual de 92,3% (contra 91,5% no mês anterior), as famílias com mais de 10 salários mínimos de renda mensal registraram percentual de 76,4% (abaixo dos 77,4% de maio de 24). A parcela da renda comprometida com dívidas foi de 27,6% e teve aumento ante os 27,1% de maio de 2024.

Com relação a junho de 2023, também houve aumento (o percentual era de 26,8%). O tempo de comprometimento com dívidas ficou em 6,2 meses, valor muito próximo aos 6,3 meses registrado em maio 24. 

O percentual de famílias com contas em atraso apresentou leve recuo, passando de 34,4% para 34,2%, menor resultado desde março de 2022. O percentual, contudo segue elevado. Na classe de menor renda foi 39,0% e nas famílias que ganham mais de 10 salários-mínimos de 17,0%.   

Já para o percentual de famílias com contas em atraso e que não terão condições de quitar nenhuma parte da dívida nos próximos 30 dias atingiu 2,6%, o que representou um aumento em relação ao mês anterior (2,1%). No mês de junho de 2023 esse percentual foi de 2,2%. A manutenção desse indicador em patamares baixos tem sido importante para reduzir os riscos relacionados à persistência da inadimplência no mercado de crédito, fundamental na dinâmica do varejo.  

 “A pesquisa de junho de 2024 ainda não reflete os efeitos das enchentes sobre o orçamento das famílias. Provavelmente, veremos esses efeitos com mais clareza nos próximos meses. Todavia, a eficiência dos mecanismos de transferência de renda e a preservação dos empregos no momento atual são elementos centrais para uma evolução saudável de indicadores de endividamento e inadimplência”, afirmou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS. 

FONTE: O SUL.

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